sábado, 14 de maio de 2011

Acredito...

1.A política não pode nem deve dirigir ou condicionar a Literatura.
2.Enquanto Criador/Criativo,não posso nem devo de modo algum praticar Autocensura.
3.Sou um homem livre que cultiva e acredita na Liberdade de consciência.
4.Para se avaliar se uma Literatura é efectivamente "Moçambicana" ou "Portuguesa" é bom ver e ler o Texto,ignorando em parte quem o escreve.O critério que tem em conta apenas a Nacionalidade ou um documento  oficial do Autor não é válido.
5.Não utilizarei nunca uma Linguagem ou Escrita deliberadamente hermética,com o intuíto de impressionar seja quem for.Até porque não sou hermetista,nem seu apologista.
6.Utilizo uma linguagem simples,acessível e cristalina.Quero que toda a gente me entenda e a minha mensagem.
7.Só escrevo e publico o que me apetece escrever e o que sinto e vivo.
8.Toda a poética/Poesia terá em princípio o seu conteúdo político,mas esse conteúdo político poderá ou não,concordar com os poderes vigentes.
9.Não se devem nunca impor critérios políticos a quem escreva.Isso é inaceitável e não seria um acto verdadeiramente criativo.É a criação não individual antecipadamente criada.É uma mentira mascarada de verdade.
10.Creio existir um grande equívoco que sugere que uma Poesia imediatamente conotada com causas sociais é uma Poesia "inferior" e os seus Autores Poetas menores!Acontece que Moçambique,Angola e São Tomé e Príncipe têm exemplos de grandes Poetas e Escritores que usaram ou usam um rigor de palavra,um rigor imagético,um rigor poético inquestionável sendo de intervenção.Por exemplo Jorge Rebelo,Noémia de Sousa,Rui Nogar,José Craveirinha,Marcelino dos Santos, Eduardo White,Agostinho Neto,Alda do Espírito Santo,para só citar alguns.

(Texto apresentado na FNAC CHIADO na apresentação do Livro" Afrozambeziando Ninfas e Deusas").


Delmar Maia Gonçalves

(Escritor e Presidente do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora - CEMD)

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