Sueños Del Mar - "Aqui estou eu, Mestiço de Negro e Branco"
© Copyright 2007 - Delmar Maia Gonçalves - Todos os Direitos Reservados
segunda-feira, 31 de julho de 2017
A infancia
"A infancia é o centro crucial do furacán da vida."
[traduzido por Manuel Miragaia Doldan]
"A infância é o centro crucial do furacão da vida."
Delmar Maia Gonçalves
Etiquetas:
Poesia traduzida para Galego
SILÊNCIO
SILÊNCIO
Na opresión hai un silencio intensamente ruidoso
[traduzido por Manuel Miragaia Doldan]
SILÊNCIO
Na opressão há um silêncio intensamente ruidoso.
Delmar Maia Gonçalves
Etiquetas:
Poesia traduzida para Galego
FUNERAL DA VERDADE
FUNERAL DA VERDADE
Nai!
Vou
ao funeral
da verdade
Que a mentira
é o rostro
dos homes
que plantan
a cidade!
[traduzido por Manuel Miragaia Doldan]
FUNERAL DA VERDADE
Mãe!
Vou
ao funeral
da verdade
Que a mentira
é o rosto
dos homens
que plantam
a cidade!
Delmar Maia Gonçalves
Etiquetas:
Poesia traduzida para Galego
Ah! Se eu poidese
Ah! Se eu poidese
Se eu poidese medir a miña
indiferenza
Ah! Se eu poidese
Entón si, quizá fose un
Poeta de "vanguarda"
Daqueles que
escriben
lonxe de todo, sobre todo
Daqueles que escriben pedra
no canto de corpo
Daqueles que parecen fríos
e son o que parecen
Mais estar aqui non é iso
e eu estou aquí.
[traduzido por Manuel Miragaia Doldan]
Ah!Se eu pudesse
Se eu pudesse medir a minha
indiferença
Ah!Se eu pudesse
Então sim, talvez fosse um
Poeta de "vanguarda"
Daqueles que
escrevem
longe de tudo, sobretudo
Daqueles que escrevem pedra
em vez de corpo
Daqueles que parecem frios
e são o que parecem
Mas estar aqui não é isso
e eu estou aqui.
Delmar Maia Gonçalves
Se eu poidese medir a miña
indiferenza
Ah! Se eu poidese
Entón si, quizá fose un
Poeta de "vanguarda"
Daqueles que
escriben
lonxe de todo, sobre todo
Daqueles que escriben pedra
no canto de corpo
Daqueles que parecen fríos
e son o que parecen
Mais estar aqui non é iso
e eu estou aquí.
[traduzido por Manuel Miragaia Doldan]
Ah!Se eu pudesse
Se eu pudesse medir a minha
indiferença
Ah!Se eu pudesse
Então sim, talvez fosse um
Poeta de "vanguarda"
Daqueles que
escrevem
longe de tudo, sobretudo
Daqueles que escrevem pedra
em vez de corpo
Daqueles que parecem frios
e são o que parecem
Mas estar aqui não é isso
e eu estou aqui.
Delmar Maia Gonçalves
Etiquetas:
Poesia traduzida para Galego
sexta-feira, 14 de abril de 2017
ИЗГНАННИК ИЗ АФРИКИ Я
ИЗГНАННИК ИЗ АФРИКИ Я
отверженный
в поиске
гавани тихой
(Poema traduzido por Tatiana Karpechenko)
__________
NÁUFRAGO FRICANO
Sou um náufrago
em busca
de porto seguro!
Delmar Maia Gonçalves
Etiquetas:
Poesia traduzida para Russo
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Mulato
MULATO
Kia kondiĉo
Estas ĉi tiu
Esti ĉi estulo...!
Por esti plene Afrikana
Mi devas konsenti esti
Kio mi ne estas
Por esti tute Eŭropana
Devas mi ŝajnigi kaj
provi esti tio kio
mi ne estas
Kia dilemo ĉi tia
esti tio
kio mi estas
estanta tio
kio mi ne estas!Poesia de Delmar Maia Gonçalves
traduzido para Esperanto por
João José Santos
Lisboa, 2016-03-22
MESTIÇO
Que
condição
Esta de ser
O que sou…!
Para ser
Africano pleno
Tenho de
admitir ser
O que não
sou
Para ser
Europeu de corpo inteiro
Tenho de
fingir e
Procurar
ser o que
Não sou
Que dilema
este
De ser
O que sou
Sendo o que
não sou!
Etiquetas:
Poesia Traduzida para Esperanto
Vulkano
VULKANO
Estas Vulkano en erupcio
Ene de mi
Estas krateroj kaj grotoj profundaj
Formitaj el sango kaj lafo!
La reliefo de mia spirito
Havas pli
da pikoj ol pintoj!Poesia de Delmar Maia Gonçalves
traduzido para Esperanto por
João José Santos
Lisboa, 2016-03-22
VULCÃO
Há um
Vulcão em erupção
Dentro de
mim
Há crateras
e grutas profundas
Formadas de
sangue e lava!
O relevo do
meu espírito
Tem mais
picos que cumes!
Etiquetas:
Poesia Traduzida para Esperanto
Homoino
HOMOINO
En Homoino
Destiliĝas larmoj
En vaporo
De tempo
De kugloj.Poesia de Delmar Maia Gonçalves
traduzido para Esperanto por
João José Santos
Lisboa, 2016-03-22
HOMOÍNE
Em Homoíne
Destilam-se lágrimas
No vapor
Do tempo
Das balas.
Etiquetas:
Poesia Traduzida para Esperanto
sábado, 4 de abril de 2015
Sobre a ANTOLOGIA POÉTICA “NA MARGEM DO SILÊNCIO E ALGUMA ABSTRACÇÃO”
POSFÁCIO
Sobre a ANTOLOGIA POÉTICA “NA
MARGEM DO SILÊNCIO E ALGUMA ABSTRACÇÃO”
Uma Jornada poético-literária dos
afectos de longo curso
Pediu-me o Poeta LINO MUKURRUZA
que escrevesse um posfácio desta interessante Antologia. Uma grande empreitada
que assinalo, de que muito me orgulho e me apraz registar.
Sem querer diminuir ou excluir
ninguém, pois são todos igualmente importantes e indispensáveis e sendo um
espírito livre, destacaria sem dúvida a nova vaga de jovens escritores e poetas
Moçambicanos que representam inegavelmente o porvir da Literatura Moçambicana :
MUKURRUZA ( o idealizador e coordenador
da obra), que bons olhos o vejam e guardem; TARUMA ; ARIJUANE; QUIVE; MUCAVELE;
JOSHUA; DAU; LINEU; LEVENE; MILITAR; WAMBIRE, entre outros (kanimambo vida que
os trouxe aos meus sentidos), cuja verve
revolve as entranhas da Moçambicanidade e “revoluciona” e renova a poética Moçambicana e quiçá das comunidades que se expressam
na Língua Portuguesa escrita e também falada e cantada.
ANDRÉ BRETON tinha razão quando
afirmou insistentemente que a escrita automática é um dos meios mais seguros
para devolver à palavra a sua inocência e o seu poder criador original. Já os
Poetas VIRGINIA WOOLF e RAINER MARIA RILKE haviam falado dessa necessidade.
E como precisamos de um olhar despretensioso,
descomplexado, renovado, renovador e desempoeirado na poesia…! Alguém duvida?
Basta ler, escutar, sentir e
conseguimos ver.
Como disse ABDUL KARIM “Um
anarquismo integral de produção natural, será a forma que se antevê irá ser
escolhida pela humanidade emancipada.”
Todos sabemos que o pensamento
globalizante ou globalizado tem sido massivamente impregnado e perversamente
estruturado pela lógica do “terceiro excluído”, dito por outras palavras pela
lógica da disjunção e da exclusão. Mas nós sabemos também que a vida não deve
funcionar segundo esta lógica. Há outros caminhos e a nossa incerteza é a nossa
certeza.
Ninguém duvide portanto, digo eu
, que a inteligência dos Poetas precisa
de viver num mundo mais amplo do que aquele que nos oferecem.
No fundo a liberdade criativa
empurra-nos para a ideia de ANA HATHERLY que afirma “Tornei a minha escrita ilegível,
a fim de poder observá-la apenas gestualmente.”É preciso humildade para que tal
suceda. Apagar-se sem desaparecer para iluminar a palavra.
Nos cruzamentos encontros,
desencontros e reencontros a poesia se faz respiração.
Poeta quer dizer possesso. Não
devemos confundir os artistas do verso com os criadores da poesia. Os primeiros
interessam somente à Literatura, ao passo que os segundos têm um interesse indubitavelmente
vital e universal como uma flor silvestre ou uma estrela polar.
Os jovens Poetas e Escritores Moçambicanos
já deram o prolífico grito poético que não é do Ipiranga mas será certamente de
Lichinga, de Maputo, de Quelimane, da Beira, de Nampula, de Inhambane, de Xai
-Xai, de Tete, de Pemba, de Chimoio e que fraternalmente abraçam como um
ciclone de poesia em fogo Angola, Brasil e Portugal.
São estas pontes que potenciam o
fluir frutuoso das margens onde se juntam vozes, discursos e sensibilidades múltiplas
e diversas ligando três continentes (África, América e Europa). A palavra escrita
será sempre ouro para o futuro se a semente for lançada em território fértil.
Que a poesia fale e cante sobre o milagre criativo e da vida que é magia pura e
transparência enigmática.
Embora como vate moçambicano na diáspora
reconheça que meu barco navega sem proa tal como a fértil e prolífica poesia
Moçambicana de que me reivindico migalha, é órfã de três bússolas icónicas incomparáveis:
NOÉMIA DE SOUSA, JOSÉ CRAVEIRINHA e EDUARDO
WHITE. Mas são essas mesmas bússolas que servem de orientação para que
as pontes aconteçam e fluam em jangadas de poesia em brasa, como esta Antologia
cujo mérito deve ser atribuído por completo ao vate MUKURRUZA.
Indiscutivelmente somos sem rebuço o que comemos.
Ficará pois nas encruzilhadas o
aviso às opiniões e juízos de críticos altivos e pretensiosos que se
autodenominam eruditos, de que a poesia não tem amos. O que vem da alma
criativa não pode ser acelerado desregradamente em lume brando mas também não
pode ser precocemente cerceado da liberdade do parto. Como disse o Poeta
Português ANTÓNIO MARIA LISBOA : “A seta já contém o alvo, mas só percorre a
seta aquele que lhe conhece o alvo ; assim é de olhos vendados que o grande
atirador alveja.”
Ninguém é marginal ou paralelo a
nada, principalmente na Literatura.
Bayete Poetas!
DELMAR MAIA GONÇALVES
(ESCRITOR e PRESIDENTE DO CÍRCULO
DE ESCRITORES MOÇAMBICANOS NA DIÁSPORA)
Sobre "Contando até Dez" de Rejane Machado
A obra “CONTANDO ATÉ DEZ” de REJANE MACHADO, uma Escritora Carioca, navega tranquilamente pelos turbulentos mares da crítica literária, percorre serena as pistas pacíficas da autoajuda, vagueia docemente pelo território das receitas culinárias e desagua nas crónicas de vida revelando o prazer de quem escreve e voa livre degustando, e bem, as palavras, uma espécie de ladrilhadora da palavra. Opção, decerto, arriscada, mas calculada e acertada.
Nas suas sábias palavras, propositadamente e pela primeira vez não se esconde por detrás de personagens que vai inventando, reinventando, criando e recriando na sua já longa, vasta e prolífica produção literária.
Valerá a pena descobri-la e redescobri-la nos múltiplos caminhos que percorre.
É que há palavras que são como os seixos; há palavras que são como o mar. E o mar como sabeis chega ao infinito.
Muito haveria a dizer sobre a obra e a autora mas “as palavras são tão densas que prefiro suprimi-las”.
Bayete.
DELMAR MAIA GONÇALVES
(ESCRITOR E PRESIDENTE DO CÍRCULO DE ESCRITORES MOÇAMBICANOS NA DIÁSPORA)
Subscrever:
Mensagens (Atom)