domingo, 15 de agosto de 2010

Relações Militares da FRELIMO

As Relações Militares da FRELIMO ( desde 1962 ) e do Governo da República Popular de Moçambique ( depois da Independência - de 1975 à 1996 ) com o exterior :
De 1962 à 1975 a FRELIMO recebeu apoio militar e humanitário dos seguintes países : E.U. A. , Israel , Marrocos , Argélia , Egipto , Líbia , Arábia Saudita , Índia , Tanzania , Zâmbia , Suécia , Jugoslávia , Holanda ,Cuba , China , Dinamarca , Finlândia , Bulgária , Checoslováquia , Hungria , Roménia , Ruanda , Burundi , Etiópia , Tunísia , Grã-Bretanha , R.D.A.P ,Vietname , União Soviética , França , Nigéria , Quénia , Noruega .
Entre 1973-1977 , os Soviéticos forneceram 40 milhões de dólares à FRELIMO em armamento.
De 1975 à 1996 , o Governo Moçambicano assinou acordos de cooperação militar com os seguintes países : Argélia , Tanzania , Zâmbia , Nigéria ,Zimbabwe , Congo , Malawi , Swazilândia ,Angola , Guiné-Bissau , Uganda , África do Sul , Grã-Bretanha , Espanha , Índia , Paquistão , Cuba , Coreia do Norte , França , União Soviética , Portugal , Hungria , R.D.A. , Canadá , Holanda , Vietname , Itália , E.U.A. , Suécia .
Em 1984 , o pessoal militar e de segurança do Bloco de Leste em território Moçambicano era de 1458 e 1958 elementos . Gradualmente passou de Conselheiros das Forças Armadas para Instrutores na formação de militares de baixa patente .
Ainda em 1984 , um grupo de Oficiais Americanos de alta patente , visitou Moçambique .
Em 1985 , a Casa Branca pediu ao Congresso 3 milhões de dólares em ajuda militar , mas o pedido foi derrotado pelos conservadores Republicanos ( em maioria).
Em 1986 , Joaquim Chissano convidou os E.U.A. a enviarem um vaso de guerra em visita a Maputo .
Moçambique assinou um acordo com a França para a formação de uma força de Élite Presidencial .
Em 1996 , um dos Vice-Ministros Moçambicanos da Defesa pediu ao Secretário de Estado Americano para os Assuntos Africanos ajuda militar mais concreta .
A Grã-Bretanha assegurou a instrução dos quadros militares , quer em Londres , quer no Zimbabwe , quer em território Moçambicano .
A França assegurou também a formação ( através de um Centro de Instrutores Militares ) e uma ajuda militar com material bélico e de comunicações .
A Espanha apoiou a formação de Polícias Rurais .
Joaquim Chissano visitou o Salão de Exposições de Armas terrestres da Base militar Francesa de Satory , perto de Paris .
O Zimbabwe tinha cerca de cinco mil soldados a combaterem ao lado do Exército Governamental Moçambicano ( da FRELIMO) contra a RENAMO .Por outro lado , o Zimbabwe mantinha soldados seus a vigiarem o estratégico Corredor da Beira .
A Tanzania tinha cerca de um milhar de soldados a combaterem ao lado do exército Moçambicano ( da FRELIMO) contra a RENAMO.
A Zâmbia tinha soldados a lutarem ao lado do Exército Moçambicano ( da FRELIMO) sobretudo para repelirem os ataques da RENAMO em território Zambiano .
A Swazilândia assinou um Acordo de Segurança Fronteiriça com Moçambique .
A África do Sul forneceu equipamento militar e instrutores para a defesa e reabilitação das linhas de energia de Cahora Bassa e o Corredor de Maputo .
Portugal formou Oficiais Superiores das Forças Armadas Moçambicanas .
O Tenente-Coronel Howard Crowl ,Chefe do Estado Maior do Comando Militar dos Estados Unidos da América na Europa visitou Maputo.
Os principais fornecedores de armamentos a Moçambique até ao final da guerra civil foram a ex. União Soviética , Cuba e Coreia do Norte .

In "Moçambique Diplomático"

Delmar Maia Gonçalves

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