Moçambique quer (re)afirmar-se no panorama político internacional como País soberano e independente,e não como antiga colónia portuguesa.
Com efeito ,esta questão começou a surgir recentemente por um lado com os excessos nacionalistas Moçambicanos ou por excessos saudosistas , neocolonialistas e geoestratégicos de outros.
Os excessos revolucionários guiaram as intenções dos dirigentes da primeira República Moçambicana,que o Marechal Samora Moisés Machel cimentou.
A conjuntura internacional favorável acabou influenciando e determinando a conjuntura política interna neste jovem País e consequentemente modificando as relações com a Ex.Potência colonizadora que culminaria com as celebradas visitas de Estado do General Ramalho Eanes,do Dr.Mário Soares e do Marechal Costa Gomes à Maputo e do Marechal Samora Moisés Machel à Lisboa ,consolidadas de resto,com a pragmática acção do Dr.Sá Carneiro e do Dr.Pinto Balsemão.
A "Perestroika" de Mikhail Gorbatchov modificou a visão política dos dirigentes de todo o mundo e dos diversos quadrantes políticos e pôs termo à chamada "Guerra Fria" entre os países da NATO e os do PACTO DE VARSÓVIA , entre os Estados ditos Socialistas e os Estados Capitalistas Democráticos.
Questões de geopolítica e de fortes laços histórico-culturais fizeram por outro lado,à Ex.Colónia Portuguesa encarar de forma diferente as relações com a Ex.Potência Colonizadora pelo menos a partir de 1983,ano do Quarto Congresso do Partido FRELIMO , no poder.
Em 1984 inicia-se definitivamente a viragem lenta mas radical e firme no sentido do desanuviamento . Esfumaram-se as velhas relações complexadas que se desenvolveram durante largos anos entre dois Países Soberanos e Independentes que teimavam em estar de costas voltadas procurando ignorar-se,para se desenvolverem relações mais pragmáticas,mais saudáveis e mais ou menos empenhadas.
A República de Moçambique procura alcançar o seu lugar na Comunidade Africana / União Africana e no Mundo,a República Portuguesa está cada vez mais integrada na Comunidade Europeia/ União Europeia e com o Mundo.
É nesta perspectiva , que se deve interpretar a Adesão de Moçambique ou de Portugal a qualquer Organismo Internacional.
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