Como era o Ensino Indígena Africano?
Todos os Governos Coloniais tiveram sempre medo da promoção intelectual dos Indígenas.
Temiam que , dentre os Africanos promovidos surgissem Líderes que pudessem causar problemas!Portugal e o seu Governo levaram durante muito tempo o medo ao extremo.
Pelo acordo missionário o Governo Colonial Português confiou a instrução dos Indígenas Africanos às missões católicas, mas sem lhes atribuir,nos primeiros anos,verbas ou apoios para isso.Os missionários alfabetizaram muitas vezes à sua custa e com esforço próprio.
Depois de 1940,o ensino Indígena começou por se chamar Ensino Rudimentar,e durava três anos.Mais tarde , passou a chamar-se Ensino de Adaptação , com a duração também de três anos.
Em ambos os casos a criança podia fazer o exame oficial mas, na prática não o fazia ,por os pais não poderem apresentar o bilhete de identidaderio , por serem Indígenas Africanos.O Indígena que queria aprender mais tinha de ir para o Seminário ou jogar futebol!
Os missionários sofriam muito com os entraves que encontravam na promoção dos Indígenas Africanos.
O Ensino Primário Oficial foi unificado em 1964, desaparecendo a distinção entre o Ensino Rudimentar ou de Adaptação e o Primário.
Todavia muito havia a fazer , sobretudo no Ensino Secundário onde a frequência de jovens Africanos era realmente bastante baixa.
E neste aspecto particular , Portugal esteve sempre atrasado relativamente aos seus parceiros Coloniais de então : a França , a Inglaterra e a Espanha.
Tudo isto com o agravante de os brancos naturais de Portugal(a Metrópole)usufruirem de mais direitos e privilégios do que os Nascidos nas Ex.Colónias (quer fossem Negros , Mestiços ou Brancos !).
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