A conjuntura favorável que se vive actualmente na República de Moçambique, permite-nos pensar no relançamento do Turismo no país que já foi considerado o mais pobre e miserável do mundo pela ONU e os media ocidentais apesar de todo o seu potencial. A nova postura do novo Governo Democrático da Frelimo e a contribuição da oposição moçambicana liderada pela RENAMO para a consolidação do processo democrático em curso, a participação cada vez mais activa da sociedade civil no processo de reconstrução, leva-nos a apostar e a pensar Moçambique como destino turístico apetecível e viável, dentro de um quadro de medidas de investimento prioritário para criação de garantias de uma segurança efectiva que possibilite o desenvolvimento do turismo (como fonte e factor de riqueza) e consequentemente do país.
A estratégia de desenvolvimento do sector apresentará os seguintes vectores:
1. A defesa rigorosa da qualidade dos serviços e equipamentos através da elaboração de regulamentação resultante de legislação;
2. A melhoria do conhecimento e da base científica que constituem o apoio à tomada de decisões, quer do Sector Público, quer do Sector Privado (através da criação, desenvolvimento, investimentos em escolas desta área específica);
3. O aumento do investimento em equipamento de animação e respectivas infra-estruturas (sobretudo apostando na reabilitação, renovação e modernização das já existentes);
4. Reexame rigoroso do enquadramento ambiental e da qualidade estética dos equipamentos dos destinos turísticos;
5. A diversificação da oferta de produtos turísticos, investindo e promovendo o turismo a nivel nacional (nas zonas centro e norte sobretudo);
6. O reforço, descentralização e intensificação das acções inspectivas, em colaboração com as novas autarquias (Conselhos Municipais), de modo a controlar a qualidade dos pontos turísticos (por exemplo: condições das cozinhas, qualidade nas refeições, preços praticados, higiene das infra-estruturas e qualidade dos produtos).
7. O fomento dos factores relacionados com o acolhimento do visitante, no que respeita à hospitalidade, à higiene, à simpatia e à comunicabilidade do povo moçambicano;
8. A continuação do esforço de modernização de infra-estruturas, designadamente nos transportes, comunicações, energia, saneamento básico, telecomunicações, etc.
In "Boletim Tindzava"
Delmar Maia Gonçalves
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