Uma homenagem ao poeta-mor e
maior de Portugal significa responsabilidades acrescidas. E a Literarte assumiu
esse compromisso por amor à poesia e à língua portuguesa, falada e escrita nos
quatro cantos do mundo. A arte traz consigo sempre a certeza das incertezas.
Mas é aí que reside o belo. Porque os poetas não podem, nem devem jamais,
perder a virtude da beleza e do espanto permanente, é preciso crer, é preciso
acreditar.
E na poesia abundam as palavras
doces e sensatas para atenuar as amarguras, como recorda o velho e sábio
provérbio africano: «As palavras sensatas são como a cana-de-açúcar que não se
deixa de sugar; o seu sabor não se pode esgotar.»
A diversidade criativa, Literária
e estilística é uma bênção que só através de ambiciosos e independentes
projetos como os da Literarte, se poderão potenciar e desenvolver, para
finalmente se afirmarem.
«As palavras deixaram de jogar,
as palavras fazem o amor», já dizia André Breton e aqui se confirma neste
Encontro/Reencontro de vozes heterogéneas confirmando também outro poeta maior,
Fernando Pessoa, «Para ser grande sê inteiro».
Da janela Ibérica do Atlântico, o
Índico abraça o imenso oceano da Língua Portuguesa, concretizando a Lusofonia.
E é quando estou na poesia, que tudo, mas tudo, me parece profundamente claro.
Delmar Maia Gonçalves
(Escritor ,Presidente do Círculo de
Escritores Moçambicanos na Diáspora -CEMD e Conselheiro da Literarte para Moçambique)
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