“A paz é de todos ou não é de ninguém”
João Paulo II
Ser nobre é uma virtude
“Et errare humanum est”
Embora se tenha alcançado o essencial para Moçambique: a paz em todo o território nacional, e esta esteja a ser consolidada. Não seria todavia negativo, antes pelo contrário muito nobre que o governo moçambicano, o partido FRELIMO e o partido RENAMO (M.N.R.) pedissem desculpas e perdão a todo o povo moçambicano pelos dezoito anos de excessos, (violações do direitos humanos, vinganças pessoais, erros graves na governação do país, muitos abusos de poder e massacres em várias povoações na guerra civil de parte a parte. Esta atitude cairia bem nos gravemente lesados cidadãos moçambicanos ou estrangeiros residentes no país ou daqueles que abandonaram o mesmo pelas razões apontadas.
De resto, o governo sul-africano nosso vizinho soube ser inteligente quando formou a Comissão da Verdade e admitiu através do African National Congress ( A. N. C. ) liderado pelo “Madiba” e grande Soba Nelson Mandela, pelos excessos por si cometidos ou por outra, pelos seus guerrilheiros e membros. Hoje até os Boers alinham um pouco pelo mesmo diapasão, embora de forma mais tímida e envergonhada, e também por isso menos inteligente.
Nós sabemos que a governação da República de Moçambique pelo menos até à assinatura do histórico Acordo de Roma “a cidade eterna”, não terá sido só um poço de virtudes antes pelo contrário, foi um acumular de erros sucessivos que se veio a agravar com a guerra civil e a desestabilização Rodesiana e Sul-Africana.
É claro que houve mudanças positivas, muitas coisas positivas aconteceram, mas estiveram longe de satisfazer por completo os moçambicanos, a prova foram os dezoito anos da traumática guerra civil com as suas avalanches de mortes, desaparecimentos, órfãos, viúvas, massacres, mutilados, deficientes, fome, miséria, desinvestimento, falta de quadros e um sem número de traumatizados de guerra.
O povo moçambicano não foi, nem é rancoroso! É pacífico! Mas merece certamente mais atenção, consideração e respeito. E é bom que haja da parte dos políticos moçambicanos de todos os quadrantes sempre consciência dos erros cometidos e coragem para admiti-los e dos defeitos, não só das sagradas virtudes! Virtudes todos nós temos, mas também defeitos por mais pequenos que sejam.
E para bom entendedor meia palavra basta!
Delmar Maia Gonçalves
In “Africamente”
Parede
João Paulo II
Ser nobre é uma virtude
“Et errare humanum est”
Embora se tenha alcançado o essencial para Moçambique: a paz em todo o território nacional, e esta esteja a ser consolidada. Não seria todavia negativo, antes pelo contrário muito nobre que o governo moçambicano, o partido FRELIMO e o partido RENAMO (M.N.R.) pedissem desculpas e perdão a todo o povo moçambicano pelos dezoito anos de excessos, (violações do direitos humanos, vinganças pessoais, erros graves na governação do país, muitos abusos de poder e massacres em várias povoações na guerra civil de parte a parte. Esta atitude cairia bem nos gravemente lesados cidadãos moçambicanos ou estrangeiros residentes no país ou daqueles que abandonaram o mesmo pelas razões apontadas.
De resto, o governo sul-africano nosso vizinho soube ser inteligente quando formou a Comissão da Verdade e admitiu através do African National Congress ( A. N. C. ) liderado pelo “Madiba” e grande Soba Nelson Mandela, pelos excessos por si cometidos ou por outra, pelos seus guerrilheiros e membros. Hoje até os Boers alinham um pouco pelo mesmo diapasão, embora de forma mais tímida e envergonhada, e também por isso menos inteligente.
Nós sabemos que a governação da República de Moçambique pelo menos até à assinatura do histórico Acordo de Roma “a cidade eterna”, não terá sido só um poço de virtudes antes pelo contrário, foi um acumular de erros sucessivos que se veio a agravar com a guerra civil e a desestabilização Rodesiana e Sul-Africana.
É claro que houve mudanças positivas, muitas coisas positivas aconteceram, mas estiveram longe de satisfazer por completo os moçambicanos, a prova foram os dezoito anos da traumática guerra civil com as suas avalanches de mortes, desaparecimentos, órfãos, viúvas, massacres, mutilados, deficientes, fome, miséria, desinvestimento, falta de quadros e um sem número de traumatizados de guerra.
O povo moçambicano não foi, nem é rancoroso! É pacífico! Mas merece certamente mais atenção, consideração e respeito. E é bom que haja da parte dos políticos moçambicanos de todos os quadrantes sempre consciência dos erros cometidos e coragem para admiti-los e dos defeitos, não só das sagradas virtudes! Virtudes todos nós temos, mas também defeitos por mais pequenos que sejam.
E para bom entendedor meia palavra basta!
Delmar Maia Gonçalves
In “Africamente”
Parede
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